quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pequisas com gestantes e bebês

Demora anos, até décadas, para que um medicamento chegue às prateleiras das farmácias. Pesquisas são realizadas em laboratório por anos, in vitro, e depois são realizados in vivo. Na verdade são três etapas de pesquisa:
·         Pesquisa básica, na qual é feita a descoberta de um fármaco possível de combater alguma patologia.
·         Pesquisa pré clínica: os compostos que se mostraram promissores na fase anterior continuam sendo investigados. Nesta fase são checados parâmetros de segurança e de eficácia por meio de estudos de toxicidade e atividade in vitro e in vivo. Se o composto for aprovado por meio de testes em animais (normalmente camundongos), passa-se então para testes com seres humanos.
·         Pesquisa Clínica: consiste em submeter os novos compostos a ensaios clínicos para avaliar a segurança e eficácia do produto em seres humanos.
·         Farmacovigilância: o novo medicamento continua sendo avaliado, mesmo após seu registro e seu lançamento.

Esses estudos em seres humanos têm restrição de voluntários. Não se pode realizar pesquisas de medicamentos novos em mulheres gestantes, nem em período puerperal ou de amamentação, pois pode ser perigoso para o feto ou bebê.  Também não podem ser realizados em crianças menores de 2 anos, por causa do pouco desenvolvimento destas. Por isso que na bula, quase todas, vem descrito que não é permitido o uso para gestantes e crianças menores de dois anos, pois não foram realizadas pesquisas para saber se o medicamento causará ou não algum efeito sobre o feto ou bebê.
Certo que muitos medicamentos são produzidos e comercializados especialmente para gestantes e para bebês. Sim! Pois apesar de estudos não poderem ser feitos com essa classe, o uso por vários anos mostrou que tais medicamentos não foram nocivos à saúde de ambos.  Por isso existem vitaminas específicas para a mulher gestante e para bebês, como o Natelle, Materna, Ad-til, etc.
Mas cuidado! Ainda muitos medicamentos são extremamente nocivos tanto para a mãe, quanto para o feto. A exemplo dos retinóides (congêneres da vitamina A), em especial a isotretinoína, indicada para quadros graves e persistentes de acne, que provoca anomalias no sistema nervoso como hidrocefalia e retardo mental, defeitos no aparelho cardiovascular e alterações no crânio, especialmente nas orelhas. A warfarina também é inimiga da mulher gestante. Utilizada para o controle da pressão arterial e para o tratamento da trombose, pode causar aborto, defeitos no sistema nervoso e hemorragia cerebral. Ainda, dois princípios ativos contra convulsões são acusados de alterar a formação da coluna vertebral do nenê: a carbamazepina e o ácido valpróico, esse último também receitado para prevenir crises de enxaqueca. Também entram na lista dos proibidos os fármacos para tratamento de câncer, que podem prejudicar o desenvolvimento do feto como um todo porque interferem na divisão celular.

Nenhum medicamento deve ser tomado sem orientação do obstetra. Mesmo se for prescrito por outro especialista, o médico que acompanha a gestação deve ser informado. Este cuidado deve ser maior nos três primeiros meses, quando se formam todos os órgãos do bebê. Nessa fase, remédios são desaconselhados sem indicação médica, incluindo fitoterápicos, homeopáticos, vitaminas e florais.
Pois é, não quero assusta-las, mas nem o naturais são aconselhados. Os fitoterápicos, medicamentos à base de ervas, também oferecem riscos. A cáscara sagrada, que é um laxante natural, pode causar contrações antes do tempo, com possibilidade de aborto e parto prematuro. O guaco, com o qual se faz xarope contra tosse, oferece risco de hemorragias. A hortelã, consumida na forma de chá contra gripes e resfriados, pode causar malformações, se utilizada em altas doses. Como tempero, ela é liberada. Até uma vitamina pode fazer estragos. O excesso de vitamina A é associado a malformações. Muitas gestantes necessitam de suplementação de ácido fólico, ferro e cálcio, dentre outros nutrientes. Mas nem todos os complexos vitamínicos são adequados nessa fase da vida.
Mas coloquemos na balança: em alguns casos, a medicação se torna imprescindível porque a gestante apresenta algum distúrbio que pode trazer complicações importantes para a gravidez ou mesmo que possa colocar sua vida em perigo. Nestes casos, a falta de tratamento compromete mais a gestação do que o uso do remédio em si. Hipertensão se não for controlada, a elevação da pressão arterial da mãe ocasiona retardo no crescimento intra-uterino, parto prematuro e nascimento de bebês de baixo peso.
Não se desepere! Para algumas situações existem soluções:
Enjôos: fracione as refeições para não ficar muitas horas em jejum. Prefira alimentos gelados e evite comida gordurosa. Se não resolver, os ginecologistas, às vezes, prescrevem dimenidrinato isolado ou associado à vitamina B6 ou metoclopramida. Outra opção é a acupuntura, que dá bons resultados em casos de náuseas e vômitos e é permitida desde o começo da gestação.

Resfriados dores e febres são controladas com paracetamol, mediante prescrição médica. Os descongestionantes nasais estão proibidos, pois podem estreitar os vasos da placenta e comprometer o fluxo de sangue para o bebê. É melhor pingar nas narinas soro fisiológico ou fazer inalação só com o soro. Nada de drogas contra tosse, especialmente as que contêm codeína e formulações à base de guaco. Prefira mel com limão.
Inchaço: reduza o sal na comida, descanse com as pernas elevadas e faça exercícios físicos para ativar a circulação.
Enxaqueca: analgésicos mais fortes não são recomendados e os remédios para prevenir as crises também estão fora de questão.

O médico pode recomendar paracetamol e, como segunda opção, dipirona. A acupuntura também traz alívio. É conveniente que se verifique resistência à insulina (causa freqüente de enxaquecas) e se confirmada, poderá ser tratada.


Insônia: leite quente com mel antes de dormir pode trazer conforto.

Massagens relaxantes e acupuntura também são boas dicas.
Saúde é coisa séria!

Esse post tem algumas colinhas do mundo cibernético.
Dr.Aléssio Calil Mathias – CRM 51.096 é ginecologista e obstetra e diretor da Clínica Gênesis - http://www.clinicagenesis.com.br
Carla Maria Brandalize – CRF-PR 21.871

4 comentários:

  1. To adorando tuas informações!!!
    Carlinha utilidade pública!!!
    Mas to com saudades de saber do Dadí!!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi amigaa, não, postei td de uma vez mesmo kkk pra depois eu não me esquecer dos detalhes. Recebi sua mensagem mas pra variar eu esqueçi de por credito, o Maikon vive brigando comigo pra eu ir até a Tim e mudar pra conta fixa e eu vou deixando.

    Tive hiperstimulo e precisei congelar meus bebês, ja sao 2 vidinhas, com 5 celulas cada um, agora dia 22 tomo uma injeção de preparação e inicio do mes ja voltamos pra SP buscar eles, mas foi tudo livramento do Senhor, e em tudo tenho dado graças e crido que tudo dará certo!

    Davi ta lindo lindo amiga, cada dia mais fofinho né? bençao do Senhor!

    Fique com Deus, saudades tb linda.

    Beijo

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  4. Adorei seu blog, estou seguindo se puder retribir, aguardo uma visita!!
    Será muito bem vinda!
    http://petitninos.blogspot.com
    bjos

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