Bebezinhos

Como todos os dias, passam pela farmácia muitas mamães e seus bebezinhos. A maioria já é bebê grande, com mais de 6 meses. Poucas são as mamães que levam à farmácia seus bebês pequetitos...

Mas ontem foram duas. Uma mamãe com seu bebê de 2 meses e mais tarde uma mamãe com seu bebê de 44 dias. Gente, coisa mais linda. Dá vontade de pegar no colo, de fazer um carinho, de dar um beijinho. Mas desde que me tornei "mamãe" sei que essas atitudes não são aconselháveis, ainda mais com bebês desconhecidos e tão pequenininhos. Com certeza as mamães deles não iriam gostar.

O bebê de 2 meses é o Guilherme. Coisinhaaaa mais linda. Olhos tão azuis que pareciam um mar. Deu vontade de pular dentro daqueles olhos e mergulhar na plenitude daquele azul! E o sorriso. Todo faceiro com aquele sorrisão banguela. Um sorriso inocente, verdadeiro. Sorriso de neném feliz!

O mais novinho de 44 dias eu não me lembro o nome. Este só dormia, não vi seu sorriso nem seus olhinhos. Eu tinha me esquecido de como eles são pequenos. Eu acostumada com minha sobrinha, hoje com 10 meses, fico impressionada como eles nascem pequenos. E tão frágeis. Tão dependentes.

Sou sortuda em trabalhar na farmácia, pois todos os dias tenho contato com mamães e bebês, e todo dia aprendo algo novo. Claro que algumas coisas que vejo e ouço são deletadas. Mas aprendo com a vivência de cada mamãe. As de primeira viajem são as mais empolgadas e conversadeiras. São as mais sensíveis, preocupadas. E estão certas! 

Ter um filho é uma experiência pra vida toda. Em cada fase se aprende a lidar com eles. Mas a primeira gestação, o primeiro nascimento, o primeiro choro de cólica devem ser, além de emocionantes, um tanto quanto preocupantes.

Na gravidez não sabemos se as dores são normais, se o simples espirro poderá machucar ou assustar nosso bebê, se podemos comer isso ou aquilo. Nos programamos para uma alimentação saudável. Muitas frutas e verduras. Mas percebemos que não é tão fácil. E no dia-a-dia relaxamos um pouco e logo voltamos a nos cuidar.

A balança dispara. Nenhum dia temos o mesmo peso do dia anterior.

Na primeira US já pensamos que vamos ver nosso bebê com forma de bebê. rsrs. E na morfólogica, o que importa é se ele tem todos os dedinhos das mãos e dos pés, se o coração está batendo normalmente. Se tem rins, pulmões, estômago e todos os órgãos bem formadinhos.

E a barriga vai crescendo. E junto com ela a preocupação com estrias, inchaço e dores nas costas. As roupas já não servem a muito tempo. A gente se sente gorda. Logo se sente linda!

Começamos a pensar no chá de bebê. Pensamos em mil coisinhas, detalhes; pesquisamos na internet idéias legais, artesanatos ou prontos mesmo. Ai percebemos que fazer tudo o que pesquisamos e sonhamos é trabalhoso, além de caro. Parece que tudo pra bebê se torna caro. As vezes nem medimos o valor do dinheiro, mas sim da nossa realização. E vale a pena.

Também está na hora de ver as lembrancinhas da maternidade. Qual o modelo, tipo, cor ou desenho. Queremos tudo personalizado. E com razão. O nascimento é um momento único!

A mala da maternidade já deve ser aprontada. Não queremos, mas nosso bebê pode nascer prematuro. Ai, se a mala já estiver pronta, é um transtorno a menos.

O nascimento deve ser a forma mais linda de amor. Deve ser um momento único para a mulher. Que depois de levar consigo seu bebê por 9 meses, só pra ela, vai ter que se despedir da barriga e dividir seu filho com o mundo! (prefiro não pensar nisso agora, se não eu choro)...rsrs...

Enfim, nada mais emocionante e que exija mais responsabilidade de uma pessoa do que ter um filho. Eu estou vivendo isso e está sendo muito lindo! Davi, mamãe te ama e não vê a hora de você chegar!

Mas eu espero até fevereiro, quando você já estará prontinho pra nascer, forte e saudável!